sábado, 11 de fevereiro de 2012

Os tucanos se bicam



Por Marcos Coimbra, na CartaCapital:

Como se dizia antigamente, com os amigos que têm os tucanos não precisam de inimigos. Dia sim, outro também, seus líderes se atacam e se acusam, expondo, sem qualquer comedimento, as desavenças em público.

O protagonista do capítulo mais recente foi ninguém menos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Justo o presidente de honra da legenda, a quem, imagina-se, estaria confiado o papel de “sábio estadista”, de eixo de equilíbrio entre seus grupos e facções. Se, aos 80 anos, FHC continua a atiçar as fogueiras, imagine do que são capazes seus correligionários (e o que ele próprio fazia quando era mais jovem).
Semana passada, ele aproveitou a oportunidade de uma entrevista à edição eletrônica da revista inglesa The Economist para falar coisas extraordinárias. Os velhos bordões a respeito de seus governos – na linha do “fui eu que fiz tudo de bom que hoje existe” – estavam lá, mas em meio a algumas novidades.

Foi, provavelmente, a mais explícita manifestação sobre José Serra e suas tentativas de chegar à Presidência. Em uma avaliação cruel e sem meias-palavras, colocou no colo do ex-candidato a responsabilidade pelas derrotas. E deixou claro seu temor de que Serra volte a representar o PSDB em futuras eleições presidenciais.

(É possível que a franqueza do ex-presidente tenha uma explicação prosaica: ao que parece, preferiu dar a entrevista em inglês. Embora FHC se orgulhe de conseguir se expressar muito bem nesse idioma, nunca é a mesma coisa que falar em português. Fogem as palavras para os eufemismos e os circunlóquios. As coisas ficam mais duras: pão é pão, queijo é queijo.)

Não que fizesse revelações. A história de como Serra tornou-se candidato em 2002, por exemplo, era conhecida. Mas não havia sido contada por FHC ou outra autoridade peessedebista: a “tensão” entre os pré-candidatos do governismo de então, o modo como Serra se impôs sobre eles, sua vitória “inconvincente”. Diz FHC que seu “candidato natural” seria Mário Covas, se a fatalidade não o tivesse levado um ano antes. Serra foi apenas quem sobrou (depois de eliminar seus concorrentes), mas não conseguiu “convencer” o eleitorado. Ou seja, a vitória de Lula – e o início do ciclo petista no Planalto, que não dá sinais de que terminará em 2014 – nada tem a ver com o julgamento desfavorável de seu governo. A culpa é de Serra.

Como é ele, também, a explicação da derrota em 2010. Sua “arrogância” o impediu de formar alianças, seu “isolamento” o levou a conduzir uma campanha onde “erros enormes” foram cometidos. Perguntado se teria sido possível ao PSDB vencer Dilma, apesar do endosso de Lula, disse que sim. Desde que o candidato não fosse Serra.

O fascinante na formulação é que ele nunca se considera responsável pelo que faz o partido que preside. O presidente da República era ele em 2002, mas, como estava “cansado de exercer a liderança política” – e “não apenas por generosidade” –, resolveu lavar as mãos. Em 2010, achava que Serra não era a melhor opção, mas ficou quieto (ou não conseguiu fazer nada para impedi-lo de, outra vez, se arrogar o direito de ser candidato).

Essa liderança que não lidera conflita com a autoimagem que tem. Sem qualquer modéstia – e pouca visão da realidade –, FHC acha que ele e Lula são “os dois únicos líderes” brasileiros dos “últimos 20 anos” (o que entende ser pouco para “um país tão grande”).

Como se houvesse qualquer semelhança entre as trajetórias de ambos: sem três ou quatro acidentes (a morte de Tancredo, o fracasso de Sarney, o impeachment de Collor, o desaparecimento de Covas), FHC não existiria (ou seria muito menor do que é), enquanto Lula continuaria a ser Lula, pois não precisou do acaso – e nem de um Plano Real – para chegar aonde chegou. Fernando Henrique diz que o PSDB tem de “reorganizar a hierarquia da liderança” (o que, em tucanês, quer dizer definir quem manda no partido), pois ninguém surgiu para ocupar o lugar que tinha. Quanto a si mesmo, explica que “tomou a decisão (…) de abrir espaço”, pois, na altura da vida em que está, “perdeu a vontade” de liderar.

A entrevista reflete o clima em que vive o PSDB. Seu presidente de honra divide, em vez de somar. É magnânimo na repartição das responsabilidades pelas derrotas, mas avaro na reivindicação dos sucessos. Acredita que cabem (somente) a Serra as culpas pelas decepções recentes. Parece ter de Geraldo Alckmin uma opinião nada elevada, nem ao menos o considerando um ator na próxima sucessão presidencial.

Quanto a Aécio, foi enfático ao dizer que é o “candidato óbvio” do PSDB em 2014, mas, perguntado se teria condições de ganhar, tergiversou. Repetiu a trivialidade de que ele tem “algum apoio” em Minas, mas que será obrigado a brigar com Serra para se tornar candidato. Não disse sim, nem sequer que poderia vencer.

Com lideranças desse tipo, é impossível que um partido esteja bem.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Greve da PM - Marco Maia defende direito de greve, mas rechaça PEC 300


Por Ivan Richard*

Policial militar em greve mostra seu contracheque com os valores que recebe. Segundo presidente da Câmara, a PEC 300 representaria um “impacto brutal” nas contas estaduais. Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), defendeu nesta terça-feira 7 a regulamentação do direito de greve dos servidores públicos, inclusive dos policiais militares, mas disse que a decisão de reajustar os salário do funcionalismo público estadual cabe aos Executivos locais.
Perguntado sobre a possibilidade de votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que o iguala os salários dos policiais militares de todo o país ao valor pago aos militares do Distrito Federal, apelidada de PEC 300, Maia disse que não há acordo para votação. Em tramitação na Casa desde 2008, a proposta é uma das principais reivindicações dos policiais militares de todo o país.
Para Marco Maia, o Congresso não pode definir quanto os estados devem pagar aos seus servidores. “As demandas por reajuste salarial são enormes, mas as condições dos estados em atenderem a essas reivindicações são pequenas. Portanto, esse debate deve acontecer, primeiramente, nos estados. Transferir esse debate para o Congresso não me parece uma boa medida”, argumentou.
O presidente da Câmara alertou que a PEC 300, da forma como foi apresentada, representaria, caso aprovada pelo Congresso, um “impacto brutal” nas contas dos estados. “Então, não vejo hoje nenhuma condição política para que se trate de uma matéria como essa, com esse grau de exclusividade, dentro da Câmara, desrespeitando a autonomia dos estados.”



Marco Maia, se mostrou favorável à regulamentação do direito de greve dos servidores públicos, inclusive dos policiais militares, desde que sejam fixadas regras para a manutenção dos serviços essenciais. “Sou favorável. Temos que dar o direito de greve a todos os trabalhadores brasileiros. As reivindicações apresentadas pelos servidores públicos são legítimas, reais e, portanto, o direito de greve deve ser garantido a todos os trabalhadores, sejam públicos ou da iniciativa privada”, disse Maia.
“Precisamos ter regras, estabelecer mecanismos claros que permitam a continuidade dos serviços. No caso dos servidores da saúde, por exemplo, não pode parar os hospitais sem que haja o mínimo de atendimento à população”, argumentou.
* Matéria originalmente publicada em Agência Brasil

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Anunciantes fogem do BBB 12 e cai o faturamento da TV Globo$$$$


Ibope - queda da audiência do BBB
BOICOTE AOS PATROCINADORES FUNCIONANDO
Nenhum patrocinador resiste à campanha contra o BBB como a que está sendo feita na Internet. Ela acontece não apenas na blogosfera, mas nas redes sociais, como o Dihitt, o Twitter, Orkut e Facebook.
De concreto, é que agora começou a doer no bolso da TV Globo: as finanças do Big Brother Brasil 12 foram atingidas em cheio com a suspeita de estupro envolvendo um participante da atração.
Segundo levantamento da Controle da Concorrência, que monitora inserções comerciais para o mercado, o reality show sofreu queda de 25,3% em ações de merchandising em relação ao BBB 11.
O formato é conhecido justamente por faturar milhões com esta modalidade de ação mercadológica, batendo recorde de demanda a cada edição.
É desse tipo de propaganda mais “disfarçada”, aquela que costuma aparecer em provas, festas ou atividades normais da casa, e não dos anunciantes fixos, que vem o grosso do faturamento.
Os patrocinadores não se manifestam oficialmente, mas muitos decidiram tirar o time para não ter a sua imagem chamuscada por associação com as baixarias do programa apresentado por Pedro Bial.
A Globo faz malabarismos para não admitir o óbvio. Diz apenas que do BBB 1 (o primeiro!) para o BBB 12 houve um aumento de 25% no volume de merchandising e que ainda há dois longos meses de programa pela frente para tentar a recuperação nas finanças.
Pouco, convenhamos, para a evolução da complexidade do reality em 12 anos.

Com F5


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Eurobank, com sede em Miami, na Flórida, agora é do Banco do Brasil


Banco do Brasil - Eurobank
AQUISIÇÃO CONCLUÍDA
Se alguém, por alguma fatalidade, tivesse entrado em coma no final do governo FHC — em 2002, digamos — para recuperar a consciência agora, dez anos depois, certamente custaria a acreditar nos sortilégios e reviravoltas da economia mundial durante o período de apagão cerebral.
Sim, porque para esta pessoa, habituada até então a ver o país humilhantemente de pires na mão batendo às portas do FMI, sempre o primeiro a quebrar ao menor solavanco nas finanças internacionais, ver agora o mundo capitalista a se desmilinguir e, mais impressionante ainda, o Banco do Brasil comprar o Eurobank… aí, vamos combinar, já seria um pouco demais para a cabeça de qualquer um.
O motivo do espanto não seria tanto pelo tamanho da instituição sediada na Flórida e nem pelos valores envolvidos no negócio — baixos, decerto — mas, principalmente, pelo simbolismo da operação: assumir o comando de um banco de varejo nos Estados Unidos.
O BB já havia anunciado em abril passado a assinatura do contrato para aquisição de 100% do capital social do banco estrangeiro, como parte de sua estratégia de internacionalização.
Segundo comunicado divulgado à época, a operação de venda se deu pelo valor de US$ 6 milhões e permitiria que o banco brasileiro passasse a atuar no segmento de varejo nos Estados Unidos.
O Banco Central do Brasil aprovou a operação em agosto. Em dezembro, foi a vez do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), a autoridade monetária estadunidense, dar o aval para a compra.
A escolha do BB não foi por acaso. Com sede localizada em Miami, na Flórida, o Eurobank está em atividade desde 1991. Naturalmente, terá como alvo preferencial os turistas brasileiros que se esparramam em compras frenéticas naquela região.
De acordo com o Fed, o banco conta com ativos totais de US$ 83 milhões e ocupa a 245ª posição entre as instituições da Flórida, com depósitos de cerca de US$ 81 milhões.
Não é nada, não é nada, é um salto inimaginável para um país que apenas uma década atrás tinha poucos motivos mais importantes do que o futebol e o carnaval para se orgulhar.

Com FSP Mercado

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A Motocicleta Harley e a Mulher


Harley-Davidson Motorcycle
 O inventor da motocicleta Harley-Davidson, Arthur Davidson, morreu e foi para o céu. 
Nos portões do céu, São Pedro disse a Arthur:
- Como você foi um homem tão bom e as tuas motocicletas mudaram o mundo, o seu prêmio é que pode se encontrar com quem você quiser.
Arthur Davidson pensou um pouco,depois disse: 
- Eu quero me encontrar com Deus.
 
São Pedro levou Artur Davidson até a sala do trono e o apresentou a Deus. Deus reconheceu Arthur Davidson e disse:
- Então você é o kara que inventou a Motocicleta Harley-Davidson?
Arthur disse: – É, sou eu…
Deus então fez o seguinte comentário:   
- Grande coisa inventar a motoca: tão instável, faz muito barulho e poluição e não pode se locomover sem uma estrada?
Arthur Davidson ficou meio sem jeito, mas finalmente disse:
- Desculpe-me mas não foi você que inventou a mulher?
Deus respondeu: – Sim fui eu
- Bem, disse Arthur Davidson, de profissional para profissional, você também tem grandes defeitos na sua invenção!
Harley-Davidson-Mulher1. Há muita inconsistencia na suspensão dianteira;
Harley-Davidson Mulher2. É muito barulhenta e tagarela em altas velocidades;
Harley-Davidson Mulher
3. Na maioria dos casos, a suspensão traseira é muito macia e vibra demais;

4. A área de recreação está localizada perto demais da área de reciclagem;
Harley-Davidson Mulher5. Os custos de manutenção são exorbitantes!!!
Deus ficou pensando, depois disse: 
- Você pode ter bons argumentos, mas espere um pouco. 
Deus foi até o supercomputador celestial, digitou algumas palavras e esperou pela resposta. 
O computador imprimiu a resposta e Deus leu o mesmo: 
- Sim, é verdade que o meu invento tem defeitos, mas de acordo com estes resultados, tem mais homens montados na minha invenção do que na sua!
 
Depois de rir com bom humor, um vídeo de fevereiro de 2011 saudando os executivos da Harley-Davidson nos Estados Unidos aos brasileiros, legendado em português. Os executivos Harleiros são Willy G. Davidson, vice-presidente sênior e diretor-chefe de design e seu filho, Bill Davidson, vice-presidente do Harley-Davidson Museum.
Fonte: Moto.com.br